Saiba quais são os riscos após menino de 9 anos ficar com lápis cravado na cabeça no litoral de SP

  • 21/08/2025
(Foto: Reprodução)
Estudante crava lápis na cabeça de colega após briga dentro de escola no litoral de SP O caso do menino de nove anos que teve um lápis cravado na cabeça por um colega em uma escola em Praia Grande, no litoral de São Paulo, gerou grande repercussão. O g1 ouviu a neurologista Andréa Anacleto, que explicou que, em situações desse tipo, a vítima pode ter sofrido um ferimento superficial ou até ter atingido vasos sanguíneos e estruturas cerebrais. O caso aconteceu na escola municipal Mahatma Gandhi, no bairro Jardim Melvi. A atendente de farmácia Karoline Sthefani Martins Nascimento contou que o filho, Kaue Martins Nascimento, foi encaminhado para o Hospital Irmã Dulce, onde teve o lápis removido da cabeça e levou dois pontos. A mãe relatou ainda que o médico recomendou observação de 10 dias para cicatrização do ferimento. Karoline afirmou que, embora o médico tenha retirado o lápis da cabeça do filho, o profissional não localizou a ponta, que se tornou a principal preocupação. Segundo ela, Kaue recebeu alta e não sentiu mais dores. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. De acordo com a neurologista, qualquer objeto que penetre a região da cabeça merece atenção médica imediata. "A depender da profundidade e do local atingido, pode haver desde um ferimento superficial até, em casos mais graves, risco de lesão em vasos sanguíneos ou estruturas cerebrais". A profissional acrescentou que materiais como madeira ou grafite podem carregar microrganismos e aumentar a chance de infecção. "É importante destacar que nem todo ferimento desse tipo resulta em complicações neurológicas graves, mas a avaliação médica é sempre fundamental”, destacou. Menino de 9 anos ficou com lápis preso na cabeça em Praia Grande Arquivo Pessoal Tratamento Segundo Andréa, o primeiro passo do tratamento é realizar exames de imagem, como tomografia computadorizada, para verificar se houve comprometimento de ossos, vasos ou tecido cerebral, além de identificar possíveis fragmentos que tenham ficado no local. “O tratamento geralmente inclui a remoção segura do objeto, limpeza adequada da ferida, uso de antibióticos para prevenir infecções e, em alguns casos, observação hospitalar. Dependendo do quadro, pode ser necessária uma avaliação neurocirúrgica”, detalhou a médica. Ponta do lápis A médica alertou que, no caso em questão, se houver suspeita de que um fragmento permaneceu no local, o ideal é que exames de imagem complementares sejam realizados. "Em geral, fragmentos de madeira ou grafite não devem permanecer no organismo, porque podem gerar infecção ou inflamação com o passar do tempo”, disse. Ela concluiu que, na maior parte dos casos, quando bem acompanhados, os pacientes evoluem bem. "Por isso, a recomendação é seguir de perto com os profissionais de saúde, observar sinais como febre, dor ou secreção na ferida, e realizar os exames indicados pelo médico assistente. Cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando a extensão do ferimento e os achados dos exames”. Entenda o caso Menino de 9 anos ficou com lápis preso na cabeça após agressão de colega em Praia Grande Arquivo Pessoal Ao g1, a atendente de farmácia Karoline Sthefani Martins Nascimento, de 27 anos, afirmou que o filho estava dentro da sala de aula quando foi agredido pelo colega, que também tem nove anos. “Meu filho estava desenhando, e ele ficou encrencando, rasgando a folha”, relatou Karoline. Segundo ela, Kaue pediu para o colega parar e encostou o lápis na pele dele. “Não machucou nem nada, mas o menino ficou muito bravo e agrediu meu filho com uns socos no rosto”, afirmou. Segundo o relato, o professor que estava na sala separou a briga e, quando acreditava que já estava tudo resolvido, Kaue teve um lápis cravado na cabeça. Karoline contou que o filho foi atingido enquanto estava de costas para o agressor, arrumando os materiais para ir para casa. De acordo com a mãe do menino, a equipe da escola acionou a ambulância, mas não comunicou a família sobre o caso. “Fui saber quando eu cheguei na escola para buscar meu filho”, lamentou. Prefeitura Em nota, a Prefeitura de Praia Grande, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), lamentou o ocorrido e informou que repudia qualquer tipo de violência entre estudantes. “A pasta municipal informa que tomou conhecimento dos fatos pela gestão da unidade de ensino que, por sua vez, prestou o socorro imediato ao aluno”. A prefeitura informou ainda que a equipe gestora não encontrou um histórico formal de agressões ou episódios de bullying entre os envolvidos. Ainda segundo a Seduc, os responsáveis legais dos estudantes já foram atendidos e “as providências relativas às sanções disciplinares já estão sendo adotadas, frente a gravidade dos fatos”. A secretaria afirmou que a equipe gestora da escola está à disposição da família e ressaltou que há medidas de prevenção à violência escolar. “Para evitar que tais casos ocorram dentro das escolas municipais, a Seduc conta com a atuação das pedagogas comunitárias que realizam os círculos restaurativos com o objetivo de promover a Cultura da Paz dentro das unidades de ensino. Somado a isso, a pasta municipal conta ainda com a atuação dos psicólogos educacionais que fazem palestras com os estudantes voltadas para as questões socioemocionais”. Menino de 9 anos fica com lápis preso na cabeça após ser agredido em escola VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/educacao/noticia/2025/08/21/neurologista-alerta-para-riscos-apos-menino-de-9-anos-ficar-com-lapis-cravado-na-cabeca-no-litoral-de-sp.ghtml


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